I. Introdução Conceitual
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Gostei da reflexão acima porque é exatamente assim que acontece. As pessoas não querem se envolver ou tomar partido de determinadas coisas porque entendem que enquanto não forem prejudiciais a elas, ou aos seu entes queridos, não as afeta. Mas somos afetados, todos os dias, pela violência que acontece a nossa volta, seja por, inconscientemente, nos tornarmos cidadãos inseguros e incrédulos, por acharmos que nossos esforçam não mudariam nada e por isso nem tentarmos. É importante ter iniciativa porque hoje eu posso não sofrer com algum tipo de violência física, verbal ou psicológica, mas algum conhecido meu sim. É preciso se envolver e tomar para si esses problemas que estão tão presentes em nossa sociedade e tratar de, alguma forma, amenizá-los ou até mesmo preveni-los.
Excelente esse texto. Muitas vezes o motivo é apenas uma desculpa para praticar uma ação, acreditando que se está agindo corretamente. É um desfarce para verdadeiros motivos.
Para Adorno (2003) o desafio da educação é propor práticas educacionais que levam os alunos a produzir uma consciência verdadeira, em que as ações possam ser de fato fruto da razão e que os educandos de hoje sejam autônomos e com isso, futuramente sejam capazes de tomar as rédeas das esferas públicas e privadas. Devemos nos por no lugar do outro e compreende-lo e em sua dificuldade e ajudá-lo. Respeitando as diferenças.
A reflexão é muito válida! Infelizmente a maioria não quer “tomar partido” de várias situações que ocorrem, pois ainda não foram prejudicadas. Precisamos repensar nossas ações em uma sociedade marcada pelo individualismo.
Politicamente correto, é estar aberto à compreensão, ao entendimento. Não é respeito bruto, mudo sem reflexão
Enquanto a essência não prevalecer a forma, o profundo ao superficial, o original a aparência, o individual não pensará nunca junto com o coletivo, com o bem comum. Imprenscindível que professores em suas ações promovam trabalhos em equipes, questionem seus alunos sobre seu papel enquanto cidadãos , que futuro almejam, leve-os a enxergarem -se como sujeito histórico dinâmico, capaz de mudar a realidade que o cerca.
Nós pensamos que sempre acontece com o outro. Todos somos parte de um todo.
Como dizia Martin L. King: “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons.” Baseado neste pensamento, nós educadores não podemos nos ausentar de um processo que pode marcar para o resto da vida uma criança ou adolescente quando são humilhadas e agredidas.
A atitude de ser omisso, calar-se e não tomar partido nenhum, não denunciar é uma dinâmica que precisamos trabalhar em nosso processo de prevenção. Incentivar os alunos a falar, desabafar, procurar ajuda, proteger o colega. Desenvolvemos um projeto bem interessante em nossa escola através do teatro, no qual a grande mensagem é E se fosse com você, com seu irmão, com seu melhor amigo? Isso resultou em muitos pedidos de ajuda na equipe pedagogica.
Torno a afirmar que a partir do momento que tivermos empatia pelo outro, com certeza teremos um mundo melhor.
Quem somos nós para julgarmos nossos semelhantes ou mesmo pensarmos em fazer escolhas pelos mesmos?!
Somos responsáveis por eles no ambiente escolar, palco muitas vezes da violência velada por meio do bullying praticado.
Como mencionei na atividade anterior … existem colegas que não querem se incomodar, sair da sua área de conforto e realizar uma tarefa conflitante para haver a harmonia no final. Sempre que posso e percebo situação de bullying tento reparar os males deixados e evitar que retornem, mas já ouvi… não adianta, não resolve, volta tudo no mesmo, nunca muda!!!!! Me pergunto: Será que meus colegas não sabem lidar com a solução? Não ficam felizes de ver o aluno mais animado e aliviado da opressão sofrida? Quem é esse professor? É preciso enfrentar a situação? SIM! É preciso incomodá-los ? SIM! Precisamos semeiar o respeito?SIM!
Então, é preciso agir!
Os motivos são muitos para que alunos cometam o bullying mas aqueles colocados em cima são os que realmente tomam conta da escola publica. Eu mesmo já percebi várias vezes, até algumas vezes em que o clima não dava a entender de que era um bullying mas eu consegui diferenciar um a brincadeira de uma ofensa. Por isso eu ressalto que é muito importante a capacitação dos profissionais da educação básica.
Causas do bullying: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do
Escolar
termo bullying refere-se a uma forma específica de comportamento agressivo e violento no contexto escolar, entre pares. Sendo caracterizado a partir de três critérios: intencionalidade, repetitividade e desequilíbrio de poder(1). Em face à ênfase desta definição, são considerados atos de bullying escolar o desejo de agredir colegas ou os expor a situações negativas, que repetem-se ao longo do tempo e geram dificuldade de defesa dos alunos expostos a tais ações(1-2). Este fenômeno pode manifestar-se diretamente, nas formas
física (bater, cuspir), verbal (apelidos pejorativos, ameaças, insultos, fofocas) e por meio do cyberbullying (uso de mídias sociais eletrônicas ou de comunicação – internet e telefone), ou indiretamente, em situações sem confronto direto entre as partes envolvidas (exclusão
social, fofocas)(3-4).
No Brasil, a complexidade de problemas concretos, como bullying e preocupação com a saúde escolar, resultou em 2007 a instituição do Programa Saúde na Escola, uma política intersetorial de atenção integral à saúde de crianças e adolescentes em idade escolar.
Segundo a proposta, as equipes de saúde na atenção primária devem operacionalizar ações com foco na promoção da saúde, em conformidade com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), abordando as dimensões da construção de uma cultura de paz e combatendo as diferentes expressões de violência nos territórios escolar e comunitário(13).
Assim sendo, explicita-se que conhecer as causas e os motivos do envolvimento de escolares em situações de bullying é fundamental para a implementação de ações de enfrentamento, que tenham como foco o desenvolvimento humano e a promoção da saúde no contexto escolar. Nesta perspectiva, o objetivo deste trabalho foi identificar os motivos associados ao bullying escolar, relatados por adolescentes de escolas públicas e privadas do Brasil.
http://www.scielo.br/pdf/rlae/2015nahead/pt_0104-1169-rlae-0022-2552.pdf
Para não se indispor com alunos e pais, alguns professores e gestores fingem que o bullying não acontece. A indiferença é uma das piores violações do direito do ser humano. É falta de humanidade até você observar uma situação de agressão direta ou indireta e nada fazer.
Os motivos que levam ao bullying estão intimamente ligados à intolerância, discriminação e falta de respeito ao semelhante.
Ótima reflexão.
Para uma pessoa violenta, qualquer diferença é motivo para praticar bullying: deficiência, gênero, pobreza ou status social, diferenças étnicas, linguísticas ou culturais, aparência física, orientação sexual, identidade e expressão de gênero. Ignorar a violência na qual não estamos diretamente envolvidos é uma forma de violência também, pois a não manifestação ou silenciamento pode ser entendida também como um ataque aos direitos humanos, e se não tomamos um posicionamento estamos nos anulando enquanto ser sociável. Defender uma cultura de paz é uma obrigação humana.
Não podemos ser indiferentes e é preciso atenção, acolhemento aos estudantes que sofrem e que praticam o bullying, pois na maior parte das vezes o agressor tem histórico. Intervenção sempre!